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Escuta ativa: o que é, 7 exemplos e como aplicar na empresa

por | 07 de ago, 2025, 11:07

A escuta ativa não é apenas ouvir com atenção. É uma habilidade estratégica que pode transformar o relacionamento com clientes e equipes.

Em um cenário corporativo cada vez mais orientado por dados e experiência, ouvir de forma qualificada se tornou um diferencial competitivo. Organizações que valorizam a escuta têm mais chances de criar conexões reais e tomar decisões acertadas.

Continue lendo para entender como aplicar essa prática na sua empresa, com exemplos práticos, dicas e insights que podem elevar a qualidade da comunicação e do atendimento.

O que é escuta ativa e por que ela importa

A escuta ativa é uma técnica de comunicação que exige foco total no interlocutor.

Isso significa interpretar não apenas o que é dito, mas também os sentimentos e intenções por trás das palavras. O objetivo é compreender de fato, sem interrupções, julgamentos ou respostas automáticas.

Segundo a Harvard Business Review, escutar de forma ativa está entre as habilidades mais valiosas para líderes e profissionais de atendimento que desejam aumentar a confiança e reduzir conflitos nas interações diárias.

Escuta ativa e empatia: conexão além da fala

Mulher falando ao celular

Embora escutar e ter empatia sejam ações distintas, ambas caminham lado a lado.

A empatia permite compreender o ponto de vista do outro. Já a escuta ativa abre espaço para essa compreensão acontecer, criando um ambiente mais seguro e acolhedor nas conversas.

Isso é ainda mais relevante em contextos de atendimento ao cliente, onde sentimentos como frustração ou dúvida podem ser facilmente mal interpretados se o foco estiver apenas na resposta e não na escuta.

1. Confirmar o entendimento durante a conversa

Um dos sinais mais claros de escuta ativa é repetir, com suas palavras, o que o outro disse.

Essa técnica mostra atenção genuína e ajuda a evitar ruídos de comunicação. Frases como “entendi que você precisa de…” ou “então você está dizendo que…” criam alinhamento e fortalecem o vínculo entre as partes.

Esse tipo de confirmação pode ser usado tanto em atendimentos rápidos quanto em reuniões estratégicas, e é especialmente útil quando há informações complexas ou sentimentos envolvidos.

2. Evitar interrupções e distrações

É impossível escutar de verdade enquanto se pensa na resposta ou desvia o olhar para outro estímulo.

A escuta ativa exige presença total. Desligar notificações, manter contato visual e controlar a ansiedade para responder são atitudes que melhoram instantaneamente a qualidade da comunicação.

Quando há interrupções constantes, o interlocutor sente que sua fala não está sendo valorizada. E isso, com o tempo, compromete a confiança na relação profissional.

3. Observar linguagem corporal e tom de voz

Boa parte da comunicação está além das palavras.

Entonação, pausas, expressão facial e postura também transmitem mensagens. A escuta ativa inclui essa leitura silenciosa, o que permite identificar emoções escondidas e agir com mais sensibilidade.

Ao notar que o tom de voz está hesitante, ou que a linguagem corporal expressa desconforto, o ouvinte pode ajustar a conversa para criar um ambiente mais seguro e acolhedor.

4. Demonstrar interesse com sinais verbais e não verbais

Pequenas ações como acenar com a cabeça, dizer “certo” ou “entendi”, e manter uma postura receptiva comunicam atenção constante.

Esses sinais encorajam o outro a continuar falando, criando uma troca mais fluida e produtiva. Também funcionam como uma espécie de feedback instantâneo, mostrando que a pessoa está acompanhando o raciocínio.

Em ambientes digitais, como chats ou videochamadas, isso pode ser feito por meio de mensagens curtas, emojis pontuais ou até pausas programadas para validações.

5. Controlar reações e julgamentos

Julgar ou antecipar conclusões bloqueia a escuta.

Mesmo quando há discordância, manter a neutralidade e o respeito ajuda a garantir que a mensagem do outro seja realmente compreendida. Isso é especialmente relevante em situações delicadas, como feedbacks ou reclamações.

A escuta ativa se apoia na ideia de suspender a resposta automática e se abrir à escuta com curiosidade. Um colaborador que se sente julgado dificilmente compartilhará informações com liberdade e isso afeta tanto o clima da equipe quanto a qualidade do atendimento.

6. Fazer perguntas abertas para aprofundar o diálogo

Ao invés de perguntas que geram “sim” ou “não”, prefira aquelas que exploram sentimentos, opiniões e motivações.

Isso estimula o interlocutor a se expressar com mais clareza e permite ao ouvinte acessar informações valiosas. Uma técnica útil é usar frases como “como você se sentiu com isso?” ou “poderia me explicar melhor?”

Essas perguntas também ajudam a descobrir necessidades não verbalizadas e a identificar oportunidades de melhoria em processos ou serviços, especialmente quando aplicadas em atendimentos ou pesquisas de satisfação.

7. Anotar informações e registrar interações

Em atendimentos corporativos, confiar apenas na memória pode ser arriscado.

Registrar interações ajuda a acompanhar o histórico do cliente, identificar padrões e corrigir falhas recorrentes. Sistemas que centralizam essas informações otimizam não só a escuta, mas toda a operação.

Além disso, esse cuidado transmite profissionalismo. Quando um atendente resgata algo mencionado dias antes, o cliente percebe que foi ouvido e isso impacta diretamente na sua percepção sobre a empresa.

Como aplicar a escuta ativa no trabalho

Implementar a escuta ativa no dia a dia da empresa exige treinamento e cultura.

Mais do que um procedimento, essa prática precisa ser estimulada nas lideranças e reforçada nos rituais da equipe. Isso pode acontecer com:

Treinamentos práticos de comunicação

Treinamentos periódicos ajudam equipes a praticar a escuta em situações reais, com orientações claras sobre como reagir, interpretar e se posicionar.

Essas formações podem incluir exercícios de atenção plena, dinâmicas de escuta sem julgamento e técnicas para lidar com diferentes perfis de clientes. O objetivo é reforçar comportamentos que favorecem uma comunicação mais consciente e eficaz.

Simulações de atendimento e role-playing

A prática com encenações permite colocar a teoria em ação.

Durante os exercícios de role-playing, os profissionais vivenciam cenários de atendimento desafiadores e aprendem a aplicar técnicas de escuta ativa na prática. 

Essa metodologia ajuda a identificar pontos de melhoria individuais e promove o desenvolvimento de uma postura mais empática e analítica.

Avaliações com base em gravações de chamadas ou chats

Revisar interações reais é uma forma objetiva de treinar a escuta.

Ao analisar gravações de voz ou transcrições de conversas, é possível entender onde o atendente interrompeu, deixou de registrar uma informação importante ou respondeu sem interpretar corretamente a fala do cliente.

Essas análises orientam feedbacks mais precisos e permitem um desenvolvimento contínuo baseado em evidências.

Reuniões de feedback com foco na escuta

Momentos de feedback são ideais para treinar a escuta também entre colegas e lideranças.

Criar um espaço seguro onde todos possam se expressar e ser ouvidos sem interrupções fortalece a confiança da equipe e melhora o ambiente organizacional. Gestores que escutam de forma ativa tendem a tomar decisões mais justas e acertadas, com base em múltiplas perspectivas.

Ferramentas que permitam analisar as interações com clientes

A tecnologia é uma grande aliada da escuta ativa.

Softwares que armazenam históricos de atendimento, transcrevem áudios e permitem buscas por palavras-chave ajudam na identificação de padrões e pontos críticos.

Essas soluções ampliam a capacidade de escuta para além do momento da conversa, permitindo uma visão estratégica sobre o relacionamento com o cliente.

Dados da PwC mostram que 73% dos consumidores valorizam mais a experiência do que o próprio preço ao escolher uma marca. Ou seja, escutar melhor é um passo direto para gerar valor.

Comunicação ativa: o impacto na experiência do cliente

Mulher atendendo

A escuta ativa é parte de uma comunicação mais consciente e estratégica.

Ela amplifica o poder de ferramentas como scripts, CRMs, canais digitais e gravações, permitindo decisões mais empáticas e eficientes.

Em operações que lidam com grandes volumes de atendimento, isso se traduz em mais agilidade, menos retrabalho e maior satisfação do cliente.

Escuta ativa na liderança: engajamento e confiança

Gestores que escutam com atenção ganham mais do que informações: conquistam confiança.

Funcionários tendem a se sentir mais valorizados quando percebem que suas opiniões são realmente ouvidas. Isso impacta diretamente no clima organizacional, reduz turnover e estimula o engajamento.

Líderes que praticam escuta ativa tomam decisões mais acertadas, baseadas em múltiplos pontos de vista.

Escuta ativa e tecnologia: como potencializar resultados

Tecnologia e escuta ativa não são opostos, são aliados. Com soluções que registram e analisam conversas, é possível:

  • Criar bancos de dados com históricos de interação.
  • Identificar padrões de comportamento e de linguagem.
  • Avaliar a performance de atendentes com base em evidências.
  • Gerar insights para aprimorar produtos e serviços.

Essas ferramentas são ainda mais relevantes em ambientes como contact centers e equipes de suporte técnico, onde a qualidade da escuta define a eficiência da operação.

O papel da escuta ativa nas empresas de hoje

Praticar escuta ativa no ambiente de trabalho é mais do que uma habilidade de comunicação. É uma estratégia que impacta diretamente o atendimento, a cultura interna e os resultados da empresa.

Com o apoio de processos bem estruturados e tecnologias de análise, é possível transformar essa escuta em inteligência prática, melhorando decisões, fortalecendo vínculos e evoluindo a experiência de clientes e colaboradores.

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Paulo Chabbouh

Paulo Chabbouh é um empreendedor inovador e CEO da L5 Networks, empresa que nasce em 2005, com o objetivo de transformar o mercado de comunicação corporativa no Brasil. Desde o início, ele se dedica a criar soluções acessíveis para pequenas e médias empresas, oferecendo alternativas modernas e eficientes para desafios de comunicação e gestão. A grande revolução liderada por Chabbouh foi tornar real toda a tecnologia da L5 Networks suportada por operações baseadas como serviço, eliminando a necessidade de equipamentos físicos e democratizando o acesso a soluções avançadas.

Entre suas principais criações está o Callbox, em seu projeto de conclusão de curso acadêmico (TCC), desenvolvendo a mais completa plataforma em nuvem que une telefonia, colaboração e integra CRMs para uma experiência unificada, permitindo que empresas o utilizem de qualquer dispositivo conectado à internet, como smartphones, tablets, computadores ou telefones de mesa. Outra solução destacada é o Qualitime, uma ferramenta estratégica para monitoramento e gestão de tempo e produtividade. Além disso, o grupo L5 inclui a Fonata, uma operadora de telefonia que amplia a oferta de serviços de comunicação.

Reconhecido por sua visão estratégica, Paulo promove inovação e democratização da tecnologia, ajudando empresas de todos os portes a competir em igualdade no mercado. Com dedicação ao empreendedorismo e à excelência, ele se consolida como uma referência no setor de comunicação e tecnologia.

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